caiu no meio da praça

Cai-se a vida

No meio da cidade como

Uma bomba...

No meio dos paralelepípedos

Da rua da feira, da praça

E do banco do brasil...

Alguns de boca aberta

Não sabe o que fazer

Se corre, se adoece,

Se ajoelha...

Ou se acende uma vela

Alguns se converteram

Outros se mutilaram

Outros compram mantimentos

Ações de empresas...

Se alistara em partido políticos

Compram máscaras,

“Caiu também na entrada

Da cidade”- disse o menino

Que passou,

“Também nas fazendas” -

Falou o viajante

Até no Estado de São Paulo...

No estado na Bahia

Caiu-se a vida dentro de casa

Do quintal e no banheiro....

Na roseira, na prateleira

E também no dorso escorrido

De Ana clara que nem liga

Se a vida cai ou sobe.

É bonita é gostosa, e não

Precisa de nada disso...

Caiu a vida no meio

De tudo, e cada se salva

Como pode, cada

Acha seu jeito de proteger...

Ana não...Ela nõ ouve

A hora do Brasil...

A gente ri

É cínico

A gente chora

É fraco

Cai-se a vida

A gente não sabe o que fazer

Se ri é cínico

Se chora

É fraco

Cai-se a vida

E todos se consome de medo