Camponeses

Numa choça eu vivia

Com minha avó de cabelos grisalhos

Mas aquele rosto engelhado

É que enchia de alegria

Toda vez, antes de dormir,

Ela me contava uma historinha

Muitas vezes com elfos ou fadinhas

Que sempre me faziam rir

Alguns anos mais tarde

Chegou à nossa choça

Fazendo alarde

Um camponês, homem da roça.

Por ser filho de um grande amigo

Minha avó desejava o nosso casamento

Mas apesar de bonito, era esquisito.

Vivia tocando o umbigo e não desgrudava do seu gato cinzento.

A cerimônia ocorreu em uma choupana bem velha

Que tinha um buraco enorme na telha

Foi uma cerimônia simples, mas vovó chamou todo o povoléu.

E vejam só, meu noivo apareceu de calças jeans, botas de couro e chapéu.

Na noite de núpcias

Tive vontade de sair correndo...

Ele pegou minha mão, eu estava tremendo.

Mas me acalmou com ardentes carícias

Desde aquele dia vivemos felizes

Tivemos três filhos, que nos deram muitos netos.

Duas delas se tornaram atrizes

Mas ainda vivemos com os mesmos aspectos

De camponeses...

Dayane Matos
Enviado por Dayane Matos em 27/06/2012
Reeditado em 27/04/2015
Código do texto: T3747368
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