O VINHO
Não há mais tempo para envelhecer
Já envelheci!
Pois então,que eu seja o vinho!
Esquecido pelo tempo,empoeirado.
Escondido numa adega
E de rolha carcomida pelo tempo,
Mas conservado em sua essência.
Não há mais tempo para envelhecer!
Pois em minha face,há sulcos e marcas
Desenhado pelas lágrimas.
Não há mais tempo
Minhas mãos agora tremem...
E num balé suave e lento eu caminho devagar.
A neve dos anos tingem os meus cabelos
E as cores do arco íris se apagam vagarosamente
No belo teatro que é a vida.
O viço da juventude se finda lentamente
Na memória,o caminho da saudade se faz longo
Na bagagem,só recordações dos dias felizes.
Não há mais tempo para envelhecer.
Que eu seja ,então,como o vinho!