O silencio que precede a culpa
O silêncio precede a culpa
Não havia mais o que falar
Dois caminhos sempre se cruzam
E eu sem coragem de me arriscar
Perdido como um barco a deriva
O mesmo vento que o sopra
Não consegue parar-lo
Toquei adiante
Viajei os montes
Por onde jamais imaginei esta
Mesmo perdido
O vento que persegue o fugitivo
Voltou a soprar
O que estava preso por dentro
Rompeu o silêncio
Quero ao menos uma vez me arriscar
O castigo impiedoso
Não era a solidão que enrugava meu rosto
E sim o descaso do seu olhar
Aquele teu sorriso impiedoso
Não era de desgosto
Nem de alegria por ver este rosto
Ele não estava lá!
Vir-me moribundo
Engoli o meu orgulho
E pedi para o vendo voltar a soprar