Tão longe

Tão longe

E você sempre antes de mim

No café

No almoço

No jantar

Quando tento me cuidar

Você já esta lá

Não sobra tempo para mim

Dou-me as costas

Encho-me de culpas

Não vejo solução

Brigo com o tempo

Meu maior tormento

Parece que ele não quer colaborar

Na minha cabeça vem aquela imagem fresca

Que insiste não se enrugar

Aquele amargo na boca

Reflete-se na roupa

E no rosto amarrotado

Quanto tempo mais

Quantas linhas mais

O meu rosto irá agüentar

Pois esse meu peito de aço

Parece não se abalar

Nunca acha que é tarde demais

Insiste que ainda pode te levar a qualquer lugar

E se esquece que não agüento mais te acompanhar

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 27/06/2012
Reeditado em 19/08/2012
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