Equilíbrio

Não se pode equilibrar a vida

Sem o equilíbrio do próprio corpo,

E o domínio das suas atitudes...

Palavras equilibradas

Despidas de ódio e vingança,

Que almeja esperança, mudança...

Equilibro-me sobre a ostentação:

Da sua vaidade desvairada pela cidade,

Matando a humildade de verdade,

Na imensidão da intensão parte da reação,

De vida intensificada naquilo que você já é...

Equilibro-me sobre os seus passos:

Que perambulam pelo mundo

Aproveitando e reaproveitando

Todas as mortais emoções de cada dia...

E da considerável carga de afetos

Que nunca te pertenceu...

Equilibro-me sobre a máscara:

Do estado e da igreja

Que esconderam sua história,

Enquanto detém a posse da sua liberdade

Que tanto almeja, mais não deseja...

Equilibro-me sobre a proibição:

Da velha propagação ideológica

Oriunda da arrogância humana...

Pois plantaram sementes em mentes,

Escravas de mentiras dementes...

Equilibro-me sobre a mentira:

De quem acusou e não provou,

Do medo da verdade sem dignidade,

Das ideias enlatadas

Da fumaça que ofusca...

Das palavras que machucam...

Da verdade que incomoda...

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 26/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
Código do texto: T3746342
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