tantas palavras

são tantas

aquelas estranhas palavras

que se escondem quietas

no fundo da minha garganta

por mera teimosia

por pura covardia

que nunca vem pra dizer

as verdades absolutas

que nunca vem pra conter

as eternas lutas

travadas dentro do meu peito

onde eu nunca vencia

e me deixam simplesmente inacabadas

todas as poesias

são tantas

aquelas confusas palavras

santas

que dormem insanas em mim

enquanto é dia

e que acordam as madrugadas

me confundem o pensamento

invadem meus sonhos

meu sossego

meus momentos

meu autruismo audaz

relembram meus medos

minhas tempestades pessoais

meus vãos

meus abismos colossais

meus tantos segredos

que desaparecem assim do nada

entre as pontas dos meus dedos

como sempre acontecem nos grandes finais

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 26/06/2012
Reeditado em 27/06/2012
Código do texto: T3746084