Ardil
Vem a noite atormentar-me a alma
A neblina é densa, o orvalho ácido
E corrói as poucas lembranças, já tão raras
meu coração como o ponteiro dos segundos
revela o desespero e o meu sonho perde horas
Sem convicções, nem pranto,
nem nada que se apalpe
Vem a noite atormentar-me com segredos
que jamais se revelaram
E tu sem piedade chegas,
Incompleto, assim como quem parte
E meus sentidos se aguçam
noutros cheiros, noutros hálitos
E cada minuto é esquecido
Cada tempo, cada ato
Tudo é agora e tudo tarde
Eu blasfemo o amor que inda arde.
Cristhina Rangel.
Vem a noite atormentar-me a alma
A neblina é densa, o orvalho ácido
E corrói as poucas lembranças, já tão raras
meu coração como o ponteiro dos segundos
revela o desespero e o meu sonho perde horas
Sem convicções, nem pranto,
nem nada que se apalpe
Vem a noite atormentar-me com segredos
que jamais se revelaram
E tu sem piedade chegas,
Incompleto, assim como quem parte
E meus sentidos se aguçam
noutros cheiros, noutros hálitos
E cada minuto é esquecido
Cada tempo, cada ato
Tudo é agora e tudo tarde
Eu blasfemo o amor que inda arde.
Cristhina Rangel.