Campestre
Euna Britto de Oliveira
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Árvores tão lindas
Cheias de idas e vindas...
Uma delas é uma acácia
Em plena cidade de Belo Horizonte!
Essa acácia cobre uma casa.
Outras estão nas estradas
Por onde passo
Na rota dos veranistas
Que buscam o mar do Sul da Bahia.
Árvores plenas em terrenos planos
Em descampados,
Fazendo sombra para gado alheio...
Uma igrejinha perdida em lugarejo distante
Guarda a prece que nunca fiz,
A necessidade minha,
O pequeno frio da minha alma
Semelhante ao frio que o corpo sente de manhãzinha
Quando tem de enfrentar a névoa das baixadas onde há brejos
E sapos cantando perto...
Sou triste, sim.
De uma tristeza alegre
Que, embora roxa
Embora cinza,
Sabe se vestir de vermelho, de verde, de amarelo...
Também sou alegre,
De uma alegria muito comedida.
O máximo que consigo é estar em paz comigo mesma.
Então, acontece vestir-me de branco...
Era uma planície de um verde tão bonito e tão uniforme!
Parecia que a terra havia feito a barba!
Em pouso de emergência
Um avião poderia perfeitamente descer
Naquele verde, naquele campo...
Destapo o vidro de perfume
E sinto o cheiro e o ciúme
Que eu tinha de você...
Pra que foi morrer?...