FOLHA AO VENTO...
Qual folha ao vento deixei-me levar nas trilhas da vida,
Viajei na inexorável esteira do tempo sem conta.
Como alma em aprendizado, mais errei que acertei,
Desviei-me da rota que leva a Deus e paguei o preço,
Entrementes, como a luz que volta ao seu gerador,
Um dia caí em mim, despertei às verdades eternas,
E agora sei que sou um grão de areia na praia da vida,
Que toda empáfia, todo orgulho, prepotência, ambição,
Para nada serviram a não ser o aguilhão do sofrimento
Que me dobrou a cerviz e me fez ver que nada sou...
Indago-me, todavia, onde estão os grandes de outrora?
Os conquistadores, imperadores e tantos outros,
Ditadores, dominadores, opressores, todos passaram,
Restaram deles, escombros, cinza, pó e más lembranças...
Apenas um homem singular viveu e sofreu na Terra;
Muito amou, e seus feitos jamais foram olvidados,
Pois se tornaram verdadeiros escrínios de luz e
Permaneceu conhecido como o Homem de Nazaré...