*Sangue mascarado!*
Vai lá, ó sonho... sei que queres...
Maquiado reservar-te às confidências
No todo... todo lá ao te deres
Às tendas na miragem de aparências.
Tens o sangue mascarado em frenesi
Que o vermelho-purpúrio na boca é tinta
Uma é o riso... no riso que o riso ri
Outra é choro, na cor que a dor se pinta.
Sarau de cores! Plumas! Sarau de luzes!
Deusa livre junto aos pés de teu degredo
És censura! Um dedo! - Não me acuses!
Outra é pó dispersado ser ter medo.
São assim... duas faces e um sentido
Franco encontro caricato de união,
Uma sabe... o amor não é vivido
Sem a outra mendigar-se na ilusão.
Canos, 07 de fevereiro de 2007/RS