Dorme em mim uma vontade,
que acordada põe em desacordo
tudo entre nós.
E fica para depois o que não foi,
enquanto esperamos o que nunca será.
Não haverá amanhã
quando esta manhã não anunciada,
desabrochada puser distâncias e silêncios
nessa estrada nunca mais trilhada,
desse nada que sempre seríamos
ou do que nunca seria nós dois.
Ali eu cismo, aqui o abismo.
Ali eu digo, aqui eu calo.
Ali eu penso, aqui eu sinto.
Ali eu voo, aqui eu pouso.
Ali eu vou adiante
e aqui eu fico.
Eu fico e fica comigo
uma vontade que dorme,
conforme anseia parte e voa,
vai para bem distante
naquela anunciada manhã
que não haverá entre nós.
Morre em mim uma saudade
e se morre, morre de verdade,
morre de felicidade...
Eu vi você que vinha
e eu tinha de ver,
eu tinha que ver e vir
anunciar este amanhecer...
que acordada põe em desacordo
tudo entre nós.
E fica para depois o que não foi,
enquanto esperamos o que nunca será.
Não haverá amanhã
quando esta manhã não anunciada,
desabrochada puser distâncias e silêncios
nessa estrada nunca mais trilhada,
desse nada que sempre seríamos
ou do que nunca seria nós dois.
Ali eu cismo, aqui o abismo.
Ali eu digo, aqui eu calo.
Ali eu penso, aqui eu sinto.
Ali eu voo, aqui eu pouso.
Ali eu vou adiante
e aqui eu fico.
Eu fico e fica comigo
uma vontade que dorme,
conforme anseia parte e voa,
vai para bem distante
naquela anunciada manhã
que não haverá entre nós.
Morre em mim uma saudade
e se morre, morre de verdade,
morre de felicidade...
Eu vi você que vinha
e eu tinha de ver,
eu tinha que ver e vir
anunciar este amanhecer...