Autoconhecimento

A cada verso parto
Escrevo num sem rumo
Às vezes num arroubo
Viajo sem destino

De mim eu não descarto
O que me tira o prumo
O equilíbrio roubo
E vivo em desatino

Do meu rascunho corto
O que eu desarrumo
Porquanto fico rubro
No meu viver ladino

Cada poema um parto
São letras que eu uno
Ao escrever descubro
De mim mesmo atino