Rios da Existência
Na calada madrugada de minh’alma
busco arrego em mil livros de cetim,
em vistosos simbolismos eclesiásticos;
è, pois, árduo o rebento dessa vida.
Acabrunhado de vertigens ostentosas
aonde os rios, mentes tão bruscas... Deságuam
cachoeiras despencadas de palavras;
em lagoas mansas de apreciação.
O uivar nessa calada madrugada, temeroso
uivar de lobos, entre risos dentre as matas,
entre os gemidos da noite viva, obscuridades
escondidas entre as flores do meu jardim.
Jardins noturnos de alma em riste, almas vivas.
Jardins de outono de almas velhas, adormecidas;
guardiãs das estações vindouras, do novo cálice...
D’onde a vida jorrará límpida e renovada...
Então liberto navegarei os rios da existência plena...