A triste partida
É! Sinto que minha alma
Está se cansando de mim
Não está mais me obedecendo
Eu peço pra ela ficar comigo
E ela, fingi não está me ouvindo.
É! Também sinto que,
Não é apenas minha alma
Que não está mais a me obedecer
Tenho a intuição que minhas pernas
Também deixaram de se mover.
É! To percebendo que algo mais
Está por vim, já que estou aqui,
Deitado nessa cama sobre
Cuidados médico instantâneo.
Pois eles tentam me salvar
Enquanto eu fico a lutar
E a implorar pra minha alma
Não me abandonar,
E a suplicar em voz baixa
Para que minhas pernas
Voltem a se movimentar.
É! Talvez seja essa a hora de partir.
Mas eu não vou desistir
Não vou me entregar assim tão fácil
Eu vou lutar até que não ajam mais soluções
Pois ainda me resta um cérebro vivo
E um coração forte pulsando
E bobeando sangue por veias afora.
É! Mas ainda sinto que está chegando
A minha amarga hora de partir
Vejo nessa hora meu corpo estendido ali
Com médicos tentando me reanimar
E meus familiares na espera a suplicar
Por misericórdia para a morte não me levar.
Eu já to indo embora, sinto muito,
Mas meus órgãos estão prestes a se apagar.
Não estou mais no hospital sobre cuidados médicos
Estou agora sobre os cuidados da funerária
Que me põem no caixão para o cemitério encaminhar
E ao chegar ao cemitério meus familiares estão
De olhos encharcados a me esperar
Para me dá seus adeus e a se lamentar.
Pobre da minha mãe
Mal superou a morte do meu pai
E já tem um filho que vai com ele se encontrar.
Ainda bem que ela sempre demonstrou ser forte
Mas isso não há impede de chorar e chorar
Afinal, é um filho que está partindo,
Para nunca mais, nunca mais voltar.
Autor: Edu José