Tributo ao rei do baião

O teu canto seu Luiz

Chama de vorta a asa branca pro sertão

Eita terra isturricada

Ardendo quá fogueira de São João

Quando eu óio, seu Luiz

E tudo em vorta é só beleza e mata em flô

Basta uma saudade de ocê, ai

Pra eu assim, ai, cantá de dô

Basta uma saudade de ocê, ai

Pra eu assim, ai, cantá de dô

Ai, ai, ai, ai

Minha vida é andá por este país

Pra vê essa gente cantando feliz

Guardando as recordações

Das músicas tuas que aprendi

unhum unhum unhum unhum

unhum unhum unhum unhum

E agora, patriota

Tá danado de bom

Tá danado de bom, meu cumpade

e já tem nega me chamando pra dançá

(e eu vô lá)

É por isso que eu te digo, seu Luiz

Que lá no meu sertão, pros caboclo lê

Tem que aprendê um ôtro ABC

Tem que a todo mundo dá psiu

E sabê forró de cabo a rabo, viu?

Mas é uma pena, seu Luiz

No Ceará num tem disso, não

Mas se oiá pro céu cum meu amô

E vê como ele tá lindo

Fico doidim pra me deitá naquela cama

Doidim pra mi cobrí cum seu lençó

Eu sei das tuas letra de có

Depois da tua triste partida, sabiá

Se a gente lembra só por lembrá

Saudade assim faz doê e amarga qui nem jiló

Mas vou mostrá pra ocês como se dança o baião

e quem quisé aprendê é favô prestá atenção

Depois eu quero ovo de codorna pra comê

O meu probema ele tem que resolvê

Vem cá cintura fina, cintura de pilão

Quem roubô minha sanfona foi alguém sem coração

Fiquei sem tocá forró, ai qui situação

E sem podê cantá teu xote nem dançá o teu baião

Agora me adesculpi, seu Luiz

Depois dessa homenage tão singela

Vou brincá o meu São João cum Carolina, fum

Doidim pra cumê o milho dela

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 22/06/2012
Reeditado em 04/07/2018
Código do texto: T3738802
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