Tributo ao rei do baião
O teu canto seu Luiz
Chama de vorta a asa branca pro sertão
Eita terra isturricada
Ardendo quá fogueira de São João
Quando eu óio, seu Luiz
E tudo em vorta é só beleza e mata em flô
Basta uma saudade de ocê, ai
Pra eu assim, ai, cantá de dô
Basta uma saudade de ocê, ai
Pra eu assim, ai, cantá de dô
Ai, ai, ai, ai
Minha vida é andá por este país
Pra vê essa gente cantando feliz
Guardando as recordações
Das músicas tuas que aprendi
unhum unhum unhum unhum
unhum unhum unhum unhum
E agora, patriota
Tá danado de bom
Tá danado de bom, meu cumpade
e já tem nega me chamando pra dançá
(e eu vô lá)
É por isso que eu te digo, seu Luiz
Que lá no meu sertão, pros caboclo lê
Tem que aprendê um ôtro ABC
Tem que a todo mundo dá psiu
E sabê forró de cabo a rabo, viu?
Mas é uma pena, seu Luiz
No Ceará num tem disso, não
Mas se oiá pro céu cum meu amô
E vê como ele tá lindo
Fico doidim pra me deitá naquela cama
Doidim pra mi cobrí cum seu lençó
Eu sei das tuas letra de có
Depois da tua triste partida, sabiá
Se a gente lembra só por lembrá
Saudade assim faz doê e amarga qui nem jiló
Mas vou mostrá pra ocês como se dança o baião
e quem quisé aprendê é favô prestá atenção
Depois eu quero ovo de codorna pra comê
O meu probema ele tem que resolvê
Vem cá cintura fina, cintura de pilão
Quem roubô minha sanfona foi alguém sem coração
Fiquei sem tocá forró, ai qui situação
E sem podê cantá teu xote nem dançá o teu baião
Agora me adesculpi, seu Luiz
Depois dessa homenage tão singela
Vou brincá o meu São João cum Carolina, fum
Doidim pra cumê o milho dela