Sentire Abstracto
A chuva cai lá fora
Os pingos se estraçalham
No parapeito espirrando gotas na janela
A noite não é mais a mesma
Um pensamento pressagioso
De que o final está para acontecer
Não há nada para mostrar
Quero confortar-me
Não sinto vontade, determinação
Gostaria de me isolar
Seria muito monótomo
Tornar-se rotina
Tudo tão mórbido...
...Escuro...
...Frio...
Minha respiração está fraca
Em que só tenho forças
somente para enxergar
Não o caminho a seguir
Não a noite fria e escura
Mas, sim, o vazio
A escuridão em minha áurea
Fiz o que tinha de fazer
Assim meu espírito se fortalece
Desanimado para viver
Sobrevivendo em uma ilha
Em que não tem como escapar
Amando platonicamente a tudo e a todos
Sem ao menos demonstar
Um sentimento qualquer
Um golpe brutal no espírito
A morbidez toma conta de minha mente
Um presságio que poderá vir
A minha carne jorra sangue
Em meus olhos...
...Agonia...
...Dor...
...Medo...
Enfim...
Apenas me dá uma impressão de conforto
A insanidade...Mórbida
A complexidade...Abstrata.