Arrependimento Tardio
Cobre a tua face o sal do pranto da saudade
Do tempo em que vivenciavas a felicidade
Mais no insano ato descartastes tanto amor
Arrependido provas agora o cálice da dor
Quando recordas os momentos de carinho
Penas com a outra no calvário de espinhos
Nas escuras noites suportadas no amargor
Qual o beija flor sem provar o mel da flor
Abandonastes sem pensar quem te amava
Na ilusão louca que um novo amor chegava
Ao acordar em outros braços descobristes
A dor da ausência que te faz assim tão triste
Agarras-te em desespero na vã esperança
Quando a maré da agonia sem pena te arrasta
Irônico destino, sem perceber naufragastes
Nas águas escuras do existir sem contrastes.
(AnaStoppa)