PARA QUE ME COMPREENDAM... OU NÃO

Obrigado por ser a mim que procuras,
Palavras ruidosas;
Por escoar em meus ralos
Entornar em minha alma
Decorar meu espírito
Tatuar meu eu
São por vezes, palavras raivosas,
De mim, de outros,
De outros por mim,
De tantos, de ninguém
São, em algum tempo,
Desconexas, vulgares,
Banais e medíocres,
Restos de vaidades mórbidas;
Por outras,
são naco de minhas intenções;
destilo cada uma delas,
com cuidado e zelo
para que ao final de tua leitura,
curioso espectador,
reflita sobre mim e sobre você,
ou se confunda,
em suas reflexões tardias;
mas quando me descuido,
e resvalo algo sagrado e secreto
desnudando-me em teus olhos,
sedentos e curiosos;
mesmo ai eu cuido,
para que meu descuido
te seja confortável
e confortante.

 
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 22/06/2012
Código do texto: T3737734
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