BUSCO REPOUSO
Eu busco repouso
Cansado que estou destas batalhas infindas
Deste labutar tirano
Das horas intermináveis
De mesmice
E horror...
Eu busco repouso
Sofrido que estou depois de tudo
Quase cego quando a noite chega
Adorada amiga... À noite
Momento de esquecer
De devaneios
Sim eu busco repouso
Já vi todas as coisas que tinha que ver
Vi ate as que não devia...
E as que não queria...
Vejo demais às vezes
Eterno mal de quem esta disposto a enxergar
De quem esta disposto a saber
Busco repouso
A calmaria aconchegante que a relva não me da
Que as vozes não me trazem
Que nem teu sorriso oferece
A calmaria que e só minha
Nasce dentro de mim nas primeiras horas do crepúsculo
Geralmente finda na aurora
Mas às vezes... as vezes não se vai
Às vezes permanece
O dia fica mais tolerável então
Eu busco repouso
Não busco conversas...
Não quero me comprazer com diálogos
Nada de debates
Nem mesmo noticias
Tolamente resistente eu retorno ao lar
Eu busco repouso
O repouso que vem embalado nela a dama dona noite
Cavalgando o estéreo corcel onírico
Ao fim de dias assim
Ansioso eu espero Morpheus.