Meu brado mudo

Meu brado mudo

Se expande pelas paredes

Do vazio do meu quarto

Até os soturnos corredores do meu prédio

Ecoará como uma aeronave-flecha

A cruzar pelos céus anestesiados

Pela forma do quanto essa voz é muda.

Que de tão muda poderá mudar os ajustes do dia.

A mudez é uma barbaridade voraz

Consagrada pelo açoite das prisões

Dissecando cada lógica vã

Soterrando as mais parvas vozes.

Diego Pedra
Enviado por Diego Pedra em 21/06/2012
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