Solidão
O silêncio virgem traz consigo escorpiões de prata
Uma paisagem lívida e atormentada
Com auroras frigidas isentas de belezas
Com fantasmas e fogo
Correntes e espinhos
Onde se cai ferido
A orla da sombra dos abutres
Então se morde o fruto, a carne, a poesia
E com lábios secos não se grita
Com o corpo exausto se é inerte
Isento de lágrimas e sem fonte
A espera de uma Morte com boca quente
Que venha cavalgando sobre o tempo da dor...