Solidão

O silêncio virgem traz consigo escorpiões de prata

Uma paisagem lívida e atormentada

Com auroras frigidas isentas de belezas

Com fantasmas e fogo

Correntes e espinhos

Onde se cai ferido

A orla da sombra dos abutres

Então se morde o fruto, a carne, a poesia

E com lábios secos não se grita

Com o corpo exausto se é inerte

Isento de lágrimas e sem fonte

A espera de uma Morte com boca quente

Que venha cavalgando sobre o tempo da dor...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 21/06/2012
Código do texto: T3735733
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