Saudade que rasga
Tua boca inebria astros e luas
Que em versos lhe desenhei
Teu nome sai do oculto da noite
Acordando por entre as ramagens
Dissipando o oco das antigas tardes mortas
Loucos soam por teus rastros meus ventos e estrelas
E nesta dolente esfera desfolhada criam-se tuas rosas de dor
Toda esta névoa distante me volta
E meu coração adormecido estremece
Por onde andará tua voz de música?
Por onde andará teu pé e a dança?
E tudo o que me fez menos infeliz?
Minhas entranhas lhe esperam
Enquanto meus dedos destroçam poesias velhas
Enquanto sangro o vinho de minha madrugada