Saudade que rasga

Tua boca inebria astros e luas

Que em versos lhe desenhei

Teu nome sai do oculto da noite

Acordando por entre as ramagens

Dissipando o oco das antigas tardes mortas

Loucos soam por teus rastros meus ventos e estrelas

E nesta dolente esfera desfolhada criam-se tuas rosas de dor

Toda esta névoa distante me volta

E meu coração adormecido estremece

Por onde andará tua voz de música?

Por onde andará teu pé e a dança?

E tudo o que me fez menos infeliz?

Minhas entranhas lhe esperam

Enquanto meus dedos destroçam poesias velhas

Enquanto sangro o vinho de minha madrugada

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 21/06/2012
Código do texto: T3735729
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