Deserto em Pi!
Temperos demais no afogadilho, cutelo raso,
Vereda para insípidos tocadores de tecla,
O lápis rastejante fugindo da poça d’água,
Uma gota escorrendo do olho do dragão,
Pousou a quimera sobre a planície aérea,
Largou outra pedra no topo da montanha,
Esperou tantas noites a mesma estrela,
Piscar para a deidade das matas,
Outra vez escutou o gelo derretido,
Na sombra da primeira semente, nós,
Empurrou outra semana de peito amargo,
Olhando a tarde depois do almoço passado,
Água, café, um cigarro, lembranças & músicas,
O tempo se dilacerando pelas esperas,
Mal tocou a boca com um beijo em fuga,
Ladeou o corpo desejado sem muito falar,
Por mais ingrato que seja, nada resolve,
Só ao seu modo, ao seu tempo, bem haja,
Saiu do afogadilho ao sabor de orégano,
Sobremesas servidas a base de abacaxis!
Peixão89