Cântico dos Átomos
O poema da tarde põe-se o sol.
A solidão se faz escura, e no clarão da lua nova,
Surgem novas canções.
À noite e seus mistérios.
Estrelas e magias dançam a
Noturna solidão dos astros.
Unem-se os átomos na anatomia do
Universo e num único verso se desfez a canção.
O triste abriu seu sorriso,
O mudo falou a língua dos anjos,
E estes o pão ao faminto levou.
O escuro fez-se luz
A alegria encheu o coração
A vida virou alegria
E esta revelou a canção.
Nada é mais triste
A graça é infinda
Tudo que existe
É uma alvorada linda.
O sertão canta o pássaro
Este livre voou
A loucura fez-se sabedoria
O mundo se transformou.