JÁ FUI!

Já fui escravo do destino

E navio na solidão

Já fui jovem e menino

E os sonhos de pequenino

Parecem ter sido em vão!

Já fui mar, já fui deserto

Fui lua e sol também

Fui esperança, assim tão perto

E fui e serei ao certo

Aquele amor para alguém!

Já fui onda em maré cheia

Tempestade ou bonança

Fui canção em terra alheia

Aranha na tua teia

Fui brinquedo, fui criança!

Fui pedra atirada ao chão

Fui o céu assim cinzento

Fui palavra, fui razão

Fui tristeza e ilusão

E fui luz e firmamento!

Fui silêncio, e fui paixão

Memória, alegria e medo

O sangue em teu coração

A palma da tua mão

O teu mundo, o teu segredo!

Fui a flor do teu jardim

Fui o mal e fui o bem

Fui guitarra em frenesim

E o teu batom de carmim

E agora…não sou ninguém!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 20/06/2012
Código do texto: T3735038
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