Calçadas Vazias
Lança o teu véu sobre mim, ilusão!
Arranca dos meus pés a minha realidade
E me faz flutuar no desespero do irreal.
O sol do meio-dia queima a minha face
E me perco nas calçadas vazias da cidade
Quando descubro a mentira que há em tudo aquilo que um dia plantei,
Esmorece em meu peito o riso da alma e definha a alegria que semeei.
Mas, se tudo está na tua teia, ó ilusão perversa!
Se tudo está nesse emaranhado aracnídeo da noite
Agora então pouco me resta, e a minha esperança já vai sendo toda submersa.