SONETO DA INDIGNAÇÃO
Deixo um protesto indigesto
que sem palavras amenas
dilacera e bate forte
contra a face das hienas.
Solto um grito de encontro
aos chacais e coronéis,
levando para este confronto
só os versos dos cordéis.
Que o grito sufocado
ganhe força no caminho;
que ninguém siga sozinho,
que diante da chibata
nunca se acanhe o aflito,
e tenha eco seu grito.
Saulo Campos- Itabira MG