CANTO 43
H. Amador.
No silêncio das minhas longas noites, vigílias dolorosas povoadas de temores, evoco-te a imagem querida, balbuciando teu nome. Chamo-te como quem está envolvido num clima ameno de oração a implorar-te um apoio, uma luz, dentro do desamparo e da treva em que me encontro... Mas esse amparo, essa luz, teriam que vir do teu coração do teu amor, porém amor não se implora... Meu delírio continua, desesperado porque não poderei reclinar minha cabeça fatigada de apreensões e pendida pelos desenganos, no teu ombro amigo.