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Insistência*
 
 
a poeira arde meus olhos
as letras escavam os céus do norte
e minha poesia chora ao sul...

o que se tem, se guarda
no afeto silencioso da insistência
como o princípio do mar turquesa
que na superfície encrespa-se
e nos abocanha na profundeza...


a insistência dorida é vã
pois talha a vontade e os aromas
e ensurdece o sagrado
o que vai no peito- pleroma-


os cacos ainda persistem
em meio ondas de esquecimento
as palavras ficam dependuradas nas vagas do querer-se
na dualidade do sentimento...

- pois a memória amorosa é ninho de aconchego-


das açucenas em flor
são as rotas do sorriso
do sorriso de amor...

[ou não]
 
-um instante sem teu mar, um infinito segundo de morte-
 
e dói-me.
 
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 19/06/2012
Código do texto: T3733547