Cerejeira
E toda vez que for cantar
Que seja à beleza,
Para a vida, para a luz,
Para o lume duma estrela.
Que não haja tons menores
Na sonata que te beija
Frua o gosto de amores,
De ardores e sobremesas
E se a tristeza chegar um dia
Que seja passageira,
Que se vá a locomotiva
Com a aurora prazenteira.
Possa então sorver de flores
Toda a delicadeza,
Em teu corpo nu olores,
Duma linda cerejeira.
Por: Wellington Calcagno Rio de Janeiro, 14 de junho de 2012.