CANTO 39
Sou um filho da tristeza e da solidão!
Cultivo a arte de sofrer em silêncio!
Tenho no peito a sufocar - me todo o manancial de
angustia que possa suportar ou conter no coração de
um homem.
Sofro a amargura da solidão, que me despedaça o
coração, na fogueira crepitante da recordação das mi-
nhás derrotas e fracassos.
Eis em que se transformaram os meus sonhos gigan-
tescos: em algumas pedras amontoadas, colinas silenciosas, sepulturas sombreadas por mirrados vegetais, em cu-
jos ramos o vento da noite murmura suas queixas!