ABANDONO DA ALMA - 60

Vem á noite, o sofrimento do dia termina,

Cai a chuva, fina, fria...

Vai aos poucos enregelando,

Embotando a mente que silencia...

A alma liberta abandona o corpo,

Veste-se de estrelas, sai levitando,

Um canto de liberdade entoando,

Sem perceber que está apenas sonhando...

Não quer voltar, não é vida...

Olha para ela no chão estendida...

Coberta por trapos, vencida...

Branca... Inerte... Maldita...

Ao romper da aurora a alma retorna,

Não pode abandoná-la assim, ir embora,

Acaricia seu rosto... Já está quase morta...

Respira fundo... Estende-se sobre ela... E chora...

Lani

Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 18/06/2012
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