D’onde Vim?
Vim das costelas do espaço sideral
Fui formado em átomos do sol
Derretido e forjado na soleira do mundo
Dorminhoco em estrelas de um vagabundo
Vim das neves, do frio meteórico de Plutão.
Vim do calor extremo da cratera de um vulcão
Fragmentado em moléculas de arco-íris
Coloridos em filetes de eu mesmo na velocidade da luz
Vim do âmago de um buraco negro esquecido
Expelido no grito do cometa errante
Lançado em órbita de evolução
Viajando os confins do infinito
Vim da luz e da sombra, intercaladas em cada segundo,
espalhadas e sobrepostas em uma parede nua.
Entre os pilares de dois extremos
Aonde repousei nas areias do tempo
E os jardins cósmicos sempre em flores espaciais
Perfumam meus alicerces... Regem a minha sinfonia de viver...