Doce ciranda esquizofrênica

Meus olhos caminham mais rápidos pelas linhas impressas

do que as palavras imprecisas escorrem pelos dedos com antes.

Eles agora dedilham incansavelmente velhas folhas outonais,

tocam trêmulos os ventos novos que agitam os impetuosos corpos,

fazem suas amadas dançarem uma dança esquizofrênica e doce

pela mandala que se desenha nos meus lânguidos e soturnos olhos.

Sem mesmo querer, meus dedos fecharam uma porta de evasão

e abriram uma janela na ciranda de letras que o olhar faz girar.

13/06/2012

Leitora BNFS
Enviado por Leitora BNFS em 17/06/2012
Reeditado em 18/06/2012
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