Doce ciranda esquizofrênica
Meus olhos caminham mais rápidos pelas linhas impressas
do que as palavras imprecisas escorrem pelos dedos com antes.
Eles agora dedilham incansavelmente velhas folhas outonais,
tocam trêmulos os ventos novos que agitam os impetuosos corpos,
fazem suas amadas dançarem uma dança esquizofrênica e doce
pela mandala que se desenha nos meus lânguidos e soturnos olhos.
Sem mesmo querer, meus dedos fecharam uma porta de evasão
e abriram uma janela na ciranda de letras que o olhar faz girar.
13/06/2012