Aluada
Aluada
maria da graça almeida
Sempre exibo quatro fases,
comumente, num só dia
toda cheia, meia ou quase,
eu componho as fantasias.
Face fria ou rosto quente,
sou deveras aluada,
ora sou guri carente.
ora, adulta abastada,
Inda enquanto sou a mesma,
da mesmice me refaço,
revigoro minha teima,
mesmo com poder escasso!
Quando estou contrariada,
vejo a vida cegamente.
Se estou entusiasmada,
à paixão dou-me ardente.
Com fé, eu não creio em nada,
sem fé, creio "eternamente"...
Sou deveras aluada...
por isso sou diferente!