Lembranças de uma dama
Tão brando e ríspido por ora,
Por um segundo, o vi outrora,
Molha-se com gotas de sangue,
Àquele, que estava sobreposto a um mangue.
Sacado, mergulhado num poço,
Havia com ele, outro moço,
Olhos de cor azuis e suave,
Todavia, com voz grave.
Bailando entre borboletas,
Com calça e camiseta,
Meias que vão ao joelho e botas furadas,
Pisadas firmes, caminhando até a autoestrada.
Sobre um cavalo, uma dama,
Estática, o observava,
Sorriso no rosto, o admirava,
O seguiu sem fazer drama.
Em um papel o desenhou,
E bem fundo, respirou,
Pois, a dama conhecera,
Àquele, que a nunca esquecera.