Lembranças de uma dama

Tão brando e ríspido por ora,

Por um segundo, o vi outrora,

Molha-se com gotas de sangue,

Àquele, que estava sobreposto a um mangue.

Sacado, mergulhado num poço,

Havia com ele, outro moço,

Olhos de cor azuis e suave,

Todavia, com voz grave.

Bailando entre borboletas,

Com calça e camiseta,

Meias que vão ao joelho e botas furadas,

Pisadas firmes, caminhando até a autoestrada.

Sobre um cavalo, uma dama,

Estática, o observava,

Sorriso no rosto, o admirava,

O seguiu sem fazer drama.

Em um papel o desenhou,

E bem fundo, respirou,

Pois, a dama conhecera,

Àquele, que a nunca esquecera.

Luana O Martins
Enviado por Luana O Martins em 16/06/2012
Código do texto: T3728213
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