VERSÕES INFINITAS

VERSÕES INFINITAS

Não sei de onde vem essa necessidade de escrever,

Não sei se o verso me escreve ou se eu o escrevo,

Enquanto as letras percorrem o labirinto do ser,

As teclas da alma digitam seu trevo...

Sinceramente não sei deletar sentimentos

Ou reimprimir pensamentos que a mente descreve,

Enquanto os sonhos viajam, rasantes ou lentos,

As palavras flutuam no sentido mais leve...

Mas, de qualquer modo, sinto que preciso escrever

O porquê eu não sei, e talvez não haja resposta,

Talvez a vida não seja explicação que se encosta

Em versões limitadas entre a dor e o prazer...

Só sei que muitas ideias extrapolam seus nomes

E transcendem imagens virtuais da estética,

Digitando, na alma, entre as horas insones

Versões infinitas da tecnopoética.

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