FECHAM-SE AS CORTINAS
Fernando Alberto Couto
E quando fecham-se as cortinas,
a plateia levanta-se, em aplausos,
descarregando toda adrenalina,
alguns sinceros, muitos falsos.
Ali o verdadeiro teatro começa,
com os artistas voltando à vida
e o público, sempre com pressa
procurando pela primeira saída.
Então vai começar mais um ato...
Sem sequer saberem a hora,
fazem guerra no estacionamento,
naquela ansiedade de ir embora.
Que valor todos dão aos artistas?
Onde ficou o que se chama lazer,
se continuam todos tão egoístas
e muito pouco puderam aprender?
Na vida, quantos atores existem?
Dizem que muitas coisas vão mal,
se queixam de tudo o que não tem,
mesmo usufruindo do superficial.
Teatro é algo que, além do glamour,
tem o sacrifício de quem trabalha,
tentando dar, de si, sempre o melhor,
pra quem, às vezes, lhe achincalha.
É o espelho da desigualdade pura,
realidade que corta nosso coração,
lamentável atrofiamento da cultura
e o resultado da falta de educação!
SP - 10/04/12
Fernando Alberto Couto
E quando fecham-se as cortinas,
a plateia levanta-se, em aplausos,
descarregando toda adrenalina,
alguns sinceros, muitos falsos.
Ali o verdadeiro teatro começa,
com os artistas voltando à vida
e o público, sempre com pressa
procurando pela primeira saída.
Então vai começar mais um ato...
Sem sequer saberem a hora,
fazem guerra no estacionamento,
naquela ansiedade de ir embora.
Que valor todos dão aos artistas?
Onde ficou o que se chama lazer,
se continuam todos tão egoístas
e muito pouco puderam aprender?
Na vida, quantos atores existem?
Dizem que muitas coisas vão mal,
se queixam de tudo o que não tem,
mesmo usufruindo do superficial.
Teatro é algo que, além do glamour,
tem o sacrifício de quem trabalha,
tentando dar, de si, sempre o melhor,
pra quem, às vezes, lhe achincalha.
É o espelho da desigualdade pura,
realidade que corta nosso coração,
lamentável atrofiamento da cultura
e o resultado da falta de educação!
SP - 10/04/12