Não vem...
vem a espreita
vem a tormenta
vejo das letras, vísceras
não, não das minhas...
das tuas são os cortes
ainda bordando cicatrizes
vem a dúvida
vem a fuga
incerteza, olhos à escuta
de teus sonhos
o sangue sugo, bebo e mordo
o vermelho da tua escrita
vem a chuva
vem o vento
varredura e ruína
em delito flagrante
enterro meus versos
voyers de teu instante
não vem pra mim
pra mim, não vem
não é minha, tua poesia...