Não vem...

vem a espreita

vem a tormenta

vejo das letras, vísceras

não, não das minhas...

das tuas são os cortes

ainda bordando cicatrizes

vem a dúvida

vem a fuga

incerteza, olhos à escuta

de teus sonhos

o sangue sugo, bebo e mordo

o vermelho da tua escrita

vem a chuva

vem o vento

varredura e ruína

em delito flagrante

enterro meus versos

voyers de teu instante

não vem pra mim

pra mim, não vem

não é minha, tua poesia...

Almma
Enviado por Almma em 16/06/2012
Reeditado em 16/06/2012
Código do texto: T3727241
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