DE...CERTO
Duvidoso e o vento que assombra meus cabelos
Duvidosa e minha sombra furtiva que sempre se esconde na escuridão da noite
Incerto é o tom com que canta o pássaro preso
Haverá alguma verdade na sua alegria de prisioneiro na gaiola?
Inseguro é o céu que se contorce em negras e gordas nuvens
Temeroso é o pobre barraco que abriga os desvalidos
Inconsequente é a forma com que se lança a vida mais e mais crianças incautas
Temeroso é o destino que não as acolhe nem abraça
Duvidoso é o motivo que gera poemas nas noites perdidas
De certo... só mesmo a noite
E a morte...