METAFÓRICO
Eis-me
falcão caçador
das palavras avoadeiras
que se lançam
nas escarpas
das metáforas azuis.
Faço-me pedra e silêncio
dormido de espanto.
Pervago por sobre o
precipício das metonímias
perdidas nos ermos
de nuvens rabiscando
fantasias.
E germino o broto
da esperança
no coração dos que
ousam sonhar.
Sou brisa e criança.
Cristal de sete cores
e poema, sou.
Pássaro despido de asa,
mas pleno de vento
chocando pensamento
em ninhos de infinito.