METAFÓRICO

Eis-me

falcão caçador

das palavras avoadeiras

que se lançam

nas escarpas

das metáforas azuis.

Faço-me pedra e silêncio

dormido de espanto.

Pervago por sobre o

precipício das metonímias

perdidas nos ermos

de nuvens rabiscando

fantasias.

E germino o broto

da esperança

no coração dos que

ousam sonhar.

Sou brisa e criança.

Cristal de sete cores

e poema, sou.

Pássaro despido de asa,

mas pleno de vento

chocando pensamento

em ninhos de infinito.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 16/06/2012
Código do texto: T3726695
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