Pesadelo Cataléptico

Relampejos fúnebres nos temporais mentais

Onde a chuva atormenta em enchentes

Dessas mil e uma imagens distorcidas

Em cores iridescentes e flamejantes

Ouço os trovões de inspiração sussurrando

E refletindo neste espelho convexo vazio

Uma imagética translúcida e diáfana

Retorcida como as raízes da figueira antiga

Vendavais de catalepsias adormecidas

Onde o pavor da morte se revela falso

E os membros enrijecidos gritam apavorados

Mas segue o funeral calado... Adormecido no caixão

Então terremotos abalam a realidade

E o despertar seria avassalador

Onde gemidos abafados pelos medos

Seriam ouvidos pelos íncubos vigilantes

Seria então a morte em desespero

Ou a paz de uma vida a passar diante

Dos olhos destemidos sufocados pelo susto

Ou somente um pesadelo sórdido e atormentador