DESPETALAR POR AÍ
Voar na leveza de
poemas em pétalas de versos
pelas veredas de girassóis
e nas alamedas de margaridas,
por entre os faróis
do teu olhar
de lua e estrelas e sóis.
Flanar pelas vielas
de dálias e verbenas,
no meio das tardes belas
e amenas.
Sentir a brisa e o vento
soprando saudades e sonhos
em asas de plumas de algodão.
Ser leve como espuma de pensamento.
E colorir as avenidas em alegres bolhas de sabão.
E celebrar a vida na infinita
beleza do cristal e do jasmim,
na ternura da seda, no carinho do cetim.
E beber esses versos e essas rimas,
essa lira de lírios, acordes sem fim,
delírios que me despetalam por dentro
e voam e voam, feito pássaros perfumados
bailando
por entre canteiros de orquídea,
rosa e alecrim.