Ato im(puro)
Aquiete-se
e deite na rede
sobre meu corpo ainda suado
me torne teu dono
ou teu escravo
sussurre em meus ouvidos àqueles teus desejos
os belos
ou mais endiabrados
sem culpa
sem medo
sob a luz da lua,
tudo que façamos hoje será perdoado.
Aquiete-se
e me arranhe
me devore
me desdobre
me destroce feito carcaça já sem vida
luxuria e pecado
se fundem no breu da lambança
da traquinagem
sedenta e
articulada por dois corpos embriagados de desejo
carnal
passional
puro
impróprio
lúcido
intacto
pressuposto de vontades outrora
inveja
impasse
Destreza que na escuridão das inquietudes adolescentes se tornam encaixe
praxe
quentura!
Fraqueza da alma
vitória da carne
corpos nus e latentes na penumbra
dosagem de êxtase e desejo
em suma
certeira e precisa
no sangue
Auge!