SERENATA!
Cantar é o choro da voz
Cantar é lembrar, sentir saudades
Na noite, fogueira, dançar
Fazer coro, soltar o peito, duetar
Cantar com acordes de fino aço
Sentir desejos de um antigo abraço
Serenata na noite feliz lembrando velhas canções
A voz, um lamento, arrepio, emoções
Choro do cantador, choro das cordas
Sensíveis, nostálgicos, bobos da corte
Procurando a poesia que elucida mistérios
Um luar prateado, coração apertado, pranto derramado
O apupo de quem você não espera, plateia
Mas segue a serenata, uma lua desafinada
uma estrela, rubra, corada
Pirilampos e vaga lumes dando risadas
E assim veio a madrugada