BALANCETE
BALANCETE
Resolvi de minha vida fazer um balancete:
Quantas vezes eu dei um ramalhete?
Quantas vezes eu recebi amigos com um banquete?
Quantas vezes troquei uma refeição por sorvete?
Anoto as coisas ruins num papel:
Disléxico me sentia na Torre de Babel.
Nasci com um carma familiar cruel.
Católico xiita me sentia num quartel.
As coisas boas são anotadas no coração:
Andar na chuva com o pé no chão.
Na perturbação fugir para a imaginação.
Fazer o que eu gosto como profissão.
Fiz o balancete de minha maneira,
O papel eu joguei em uma fogueira,
As coisas boas eu não perco nem por brincadeira.
Coisas boas, coisas más fazem a minha bandeira.
André Zanarella 07-12-2011