SOFRENDO VENCEREI
H. Amador.
Eu sinto a lágrima que me cai do olhar,
Sinto a saudade que me invade o ser,
Sinto o desejo de rever-te ainda,
Entre os escombros do meu padecer.
Trago em meu peito a lembrança dorida
Que em convulsos ais explode tremendo,
E enquanto vai rasgando, eu desespero,
E se desespero, é porque estou sofrendo.
Sinto a agonia de um sofrer eterno,
Pior que nas chamas vivas do inferno,
Que alimentam meu desgraçado sofrer!
E vai consumindo meu peito em mil pedaços,
Sem me falar sequer de beijos e abraços,
Enquanto luto para não te perder.
Santa Luz, 30.06.1964
Soneto dedicado a Hilza.