UMA LUZ
A luz que rompe a noite
Que como um açoite
Agora me devora.
Em vigília eu espero
Ah como eu a quero
Sem demora.
A luz que anuncia a claridade
Transforma medo em verdade
Ausente me impõe escuridão.
Olho e não vejo nada
Mas caminho na madrugada
De solidão.
A luz que rompe em aurora
Certeza do sombrio embora
E de um livre caminhar.
Enfrento a madrugada sem medo
Libertando-me desse degredo
De esperar.
A luz que a liberdade anuncia
Apontará eu sei, um dia
Estrada longa mais não.
Abrir-se-ão os olhos úmidos agora
Numa alma que não mais chora
Felicidade então.