O ÍNDIO
O ÍNDIO
Antonieta Lopes
Indiozinho valente e brejeiro,
Pés descalços, na testa um cocar,
Pelo Brasil a fora dia inteiro,
Nasceste pra esta terra boa amar.
Não adianta tomar o teu terreiro,
Tuas penas, tacape, teu lugar,
Sempre há de ser teu teto verdadeiro
Verde, a floresta, aves a cantar.
No chão estás plantado – um carvalho,
Cujos ramos viventes são na história
Defesa contra o intruso audaz, mas falho.
Tua influência livre e meritória
Na força indomável do trabalho
São deste povo índice de glória.